11/03/2009 - 20h36
Massacre choca Alemanha; mortes são "ponto de interrogação", diz bispoO massacre que começou em uma escola alemã e deixou 16 mortos nesta quarta-feira comoveu o país. A chanceler Angela Merkel declarou sua "mais profunda comoção" e suas condolências aos familiares das vítimas, assim como o presidente federal, Horst Köhler, e o primeiro-ministro de Baden-Württemberg - Estado onde fica Winnenden -, Günther Oettinger.
Um jovem de 17 anos matou 15 pessoas nesta quarta-feira --ao abrir fogo contra seus ex-colegas de escola e trocar tiros com a polícia-- antes de cometer suicídio em uma concessionária de automóveis na cidade de Winnenden, na Alemanha.
Segundo as autoridades, os mortos são nove estudantes de 14 e 15 anos --sendo oito mulheres e um homem--, três professoras e um pedestre que estava do outro lado da rua no momento da tragédia. As outras duas vítimas eram pedestres e foram assassinados durante a fuga. De acordo com a polícia, a maioria das vítimas da escola foi assassinada com um tiro na cabeça.
"Há um sentimento de desamparo, impotência e horror", disse o bispo católico Thomas Maria Renz em um culto ecumênico celebrado na cidade, informou o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine". "A morte achou o seu caminho de um modo feio e brutal aqui em Winnenden ", disse o bispo luterano Frank Otfried July, na Igreja de St. Charles Borromeo. "Cada morte, cada ferimento é um ponto de interrogação, até a dos autores."
O massacre começou por volta das 9h30 locais (5h30 de Brasília), quando ele invadiu a escola, no meio das aulas, mascarado e vestindo um uniforme militar preto, e abriu fogo indiscriminada e sucessivamente, em diversas salas de aula.
Um grande contingente policial isolou o colégio e o esvaziou, entre dramáticas cenas dos pais e demais familiares dos alunos, que foram ao local, assim que a notícia estourou na imprensa local e nacional.
Para tentar fugir, o adolescente sequestrou um motorista e o obrigou a conduzi-lo de carro em parte do caminho, liberando-o em seguida e continuando sozinho até chegar à concessionária de automóveis em Wendlinger, a 40 quilômetros de onde iniciara os homicídios, onde faria mais duas vítimas, antes de se matar, segundo a polícia.
Para alcançá-lo, foram mobilizadas centenas de policiais que usaram até helicópteros, na perseguição que terminou em Wendlinger, onde o último tiroteio deixou mais três mortos, incluindo o próprio assassino.
A estudante Luisa Santonastaso, 16, relatou à CNN que viu uma professora com sangue nas mãos porque queria ajudar uma professora que teria se sacrificado por uma aluna --ela passou a frente da aluna para protegê-la. "Primeiro nós não sabíamos o que fazer. Então primeiro fomos à sala de aula e buscamos alguns de nossos colegas e corremos para fora", contou.
"O rapaz entrou na sala de aula e começou a atirar e uma amiga minha entrou em pânico e pulou da janela. Eu acho que ela quebrou um braço. Ela está no hospital agora", diz Santonastaso.
Enquanto o jovem assassino era cercado, a polícia revistava a casa de sua família, encontrando 18 armas, de posse legal. O rapaz era filho de um empresário e havia deixado a escola há dois anos, aparentemente com boas notas e sem que os professores notassem nada de anormal em seu comportamento.
Um jovem de 17 anos matou 15 pessoas nesta quarta-feira --ao abrir fogo contra seus ex-colegas de escola e trocar tiros com a polícia-- antes de cometer suicídio em uma concessionária de automóveis na cidade de Winnenden, na Alemanha.
Segundo as autoridades, os mortos são nove estudantes de 14 e 15 anos --sendo oito mulheres e um homem--, três professoras e um pedestre que estava do outro lado da rua no momento da tragédia. As outras duas vítimas eram pedestres e foram assassinados durante a fuga. De acordo com a polícia, a maioria das vítimas da escola foi assassinada com um tiro na cabeça.
"Há um sentimento de desamparo, impotência e horror", disse o bispo católico Thomas Maria Renz em um culto ecumênico celebrado na cidade, informou o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine". "A morte achou o seu caminho de um modo feio e brutal aqui em Winnenden ", disse o bispo luterano Frank Otfried July, na Igreja de St. Charles Borromeo. "Cada morte, cada ferimento é um ponto de interrogação, até a dos autores."
O massacre começou por volta das 9h30 locais (5h30 de Brasília), quando ele invadiu a escola, no meio das aulas, mascarado e vestindo um uniforme militar preto, e abriu fogo indiscriminada e sucessivamente, em diversas salas de aula.
Um grande contingente policial isolou o colégio e o esvaziou, entre dramáticas cenas dos pais e demais familiares dos alunos, que foram ao local, assim que a notícia estourou na imprensa local e nacional.
Para tentar fugir, o adolescente sequestrou um motorista e o obrigou a conduzi-lo de carro em parte do caminho, liberando-o em seguida e continuando sozinho até chegar à concessionária de automóveis em Wendlinger, a 40 quilômetros de onde iniciara os homicídios, onde faria mais duas vítimas, antes de se matar, segundo a polícia.
Para alcançá-lo, foram mobilizadas centenas de policiais que usaram até helicópteros, na perseguição que terminou em Wendlinger, onde o último tiroteio deixou mais três mortos, incluindo o próprio assassino.
A estudante Luisa Santonastaso, 16, relatou à CNN que viu uma professora com sangue nas mãos porque queria ajudar uma professora que teria se sacrificado por uma aluna --ela passou a frente da aluna para protegê-la. "Primeiro nós não sabíamos o que fazer. Então primeiro fomos à sala de aula e buscamos alguns de nossos colegas e corremos para fora", contou.
"O rapaz entrou na sala de aula e começou a atirar e uma amiga minha entrou em pânico e pulou da janela. Eu acho que ela quebrou um braço. Ela está no hospital agora", diz Santonastaso.
Enquanto o jovem assassino era cercado, a polícia revistava a casa de sua família, encontrando 18 armas, de posse legal. O rapaz era filho de um empresário e havia deixado a escola há dois anos, aparentemente com boas notas e sem que os professores notassem nada de anormal em seu comportamento.
Outros casos
Este fato lembrou outro massacre semelhante, em 2002 e também em solo alemão, quando outro ex-aluno invadiu um colégio em Erfurt, no leste do país, e matou 16 pessoas, se suicidando em seguida, em uma das salas de aula. O massacre na escola alemã tem outros dois dramáticos e recentes precedentes em escolas da Finlândia, outro país europeu.
Coincidentemente, o governo da Finlândia apresentou nesta quarta-feira uma proposta para endurecer a Lei de Armas, devido a dois massacres em centros de ensino que deixaram 20 mortos nos dois últimos anos.
Este fato lembrou outro massacre semelhante, em 2002 e também em solo alemão, quando outro ex-aluno invadiu um colégio em Erfurt, no leste do país, e matou 16 pessoas, se suicidando em seguida, em uma das salas de aula. O massacre na escola alemã tem outros dois dramáticos e recentes precedentes em escolas da Finlândia, outro país europeu.
Coincidentemente, o governo da Finlândia apresentou nesta quarta-feira uma proposta para endurecer a Lei de Armas, devido a dois massacres em centros de ensino que deixaram 20 mortos nos dois últimos anos.
No caso mais recente, em setembro de 2008, o estudante de hotelaria Matti Juhani Saari, de 22 anos, matou dez pessoas a tiros em Kauhajoki, antes de se suicidar. Dez meses antes, outro estudante, de 18 anos, Pekka-Eric Auvinen, assassinou oito pessoas com uma pistola em Jokela, cometendo suicídio em seguida.
Com agências internacionais
Com agências internacionais
comentários
Postar um comentário