A SANTA MISSA

CELEBRAÇÃO LITÙRGICA DA EUCARISTIAINTRODUÇÃO:
O centro da liturgia da Igreja é a Eucaristia – a Missa -, que os Apóstolos celebraram desde o primeiro momento; desde então até agora, a Missa permaneceu essencialmente a mesma.
Vamos expor o sentido das diversas partes e diálogos entre o sacerdote e os fiéis. Também falaremos da obrigação de participar da Missa aos domingos e festas de guarda, se já tem completados os sete anos, se já existe o uso da razão e não exista um impedimento grave.



IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. A participação na Eucaristia
Objetivamente, a Missa é a ação mais importante que se celebra na terra e, quando dela participamos, devemos faze-lo com o maior interesse e devoção tratando de conseguir o maior fruto possível. Posto que na Missa se renova o sacrifício do Calvário, deveríamos estar presentes com os mesmos sentimentos de Nossa Senhora ao pé da cruz, acompanhando a seu Filho, plenamente identificada com Ele.

2. Partes da Missa
A liturgia da Missa se desenvolve conforme uma estrutura fundamental, conservada através dos séculos. Compreende dois grandes momentos, unidos entre si: a liturgia da Palavra e a liturgia Eucarística, precedidas pelos ritos iniciais e seguidas da conclusão.

Ritos iniciais, que tem um caráter de introdução e preparação:
a) Quando o sacerdote se dirige ao altar e se reza ou se canta o intróito.
b) O sacerdote beija o altar em sinal de veneração, porque o altar simboliza a Jesus Cristo.
c) Saúda os fiéis e os convida a reconhecer seus pecados, rezando o “Confesso…” ou outra formula daquelas aprovadas pela Igreja, que se encontram no Missal Romano. Ainda que este ato penitencial não tem a eficácia do sacramento e o pecado mortal só é perdoado com a confissão, temos de arrepender-nos sinceramente dos nossos pecados.
d) Finaliza o rito inicial com a recitação ou canto do Kyrie e, quando previsto, do Glória, seguidos da oração Colecta.

* LITURGIA DA PALAVRA.
Nesta parte da Missa, distinguem-se os seguintes momentos:
- Leituras da Sagrada Escritura. Nos domingos e festas são três: uma do Antigo Testamento, outra do Novo e a terceira do Evangelho; nos dias feriais são lidas só duas, sendo a ultima sempre do Evangelho. Entre uma leitura e outra canta-se ou recita-se o Salmo responsorial, com uma resposta que todos repetem.

- Homilia. O sacerdote explica as verdades reveladas por Deus e ensinadas pela Igreja, para nos instruir na fé e nos animar a melhorar nossa vida, tomando consciência do que se leu e do sentido da celebração.

- Profissão de fé. É o ato solene no qual confessamos nossa fé, recitando o Credo. Rezamos em pé, inclinando a cabeça em sinal de respeito ao dizer “e se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem.”

- Oração dos fiéis. Com esta oração pedimos pela Igreja, pelo Papa e pela hierarquia, pelas autoridades civis e por todos os homens, em especial pelos mais necessitados.

* LITURGIA EUCARISTICA.
Esta é a parte principal da Missa, que renova – mediante a Consagração – o sacrifício de Cristo na cruz. As ações principais desta parte são:
- A apresentação das oferendas ou ofertório. O sacerdote oferece a Deus o pão e o vinho, que são a matéria do sacrifício; com o pão e o vinho podem ser levados outros dons para serem repartidos com os necessitados. O sacerdote convida à oração, pedindo que o sacrifício da Igreja seja agradável ao Senhor: “Orai, irmãos e irmãs, para que este nosso sacrifício …”. Os fiéis respondem: “Receba o Senhor este sacrifício….”.

- O Prefácio.
É um canto de louvor e de ação de graças ao se recordar as maravilhas de Deus, que se conclui com o cântico dos anjos no céu: “Santo, Santo…. Hosana nas alturas”.

- A Oração eucarística.
Também chamada de “Cânon”, cujo centro é a consagração, na qual o sacerdote pronuncia em nome de Jesus Cristo e com a intenção de consagrar, as mesmas palavras que Ele disse na última Ceia. Neste momento, Jesus Cristo se faz realmente presente sobre o altar, renovando o sacrifício redentor de sua Paixão e Morte. É o momento de se fazer atos de fé e pedir a Jesus pelos vivos e pelos mortos.

- Rito da Comunhão.
Começa com a breve monição que introduz à oração do Pai Nosso, que é acompanhada com outras orações. O sacerdote, então, apresenta a Sagrada Forma: “Eis o Cordeiro de Deus…”, e os fiéis continuam com o sacerdote: “Senhor, eu não sou digno…” , fazendo um ato de humildade e de fé. A melhor maneira de participar na Missa é através da participação na Comunhão, estando na graça de Deus e devidamente preparados; se não se vai comungar, é aconselhável fazer-se, então, uma comunhão espiritual.

- Rito de conclusão.
Com a saudação e a benção final termina a Missa. Tendo-se comungado, convém fazer a ação de graças por uns minutos.

3. Participação dos fiéis na Missa
Durante a Missa, os fiéis participam dialogando com o sacerdote várias orações, além de
cantar, ajoelharem-se etc.. Convém aprender as orações e respostas, para participar dignamente na Santa Missa.

4. O primeiro mandamento da Igreja:
Ouvir Missa inteira aos domingos e festas de guarda.
Para ensinar-nos a importância da Missa e ajudar-nos a cumprir o terceiro mandamento da lei de Deus, a Igreja obriga –sob pecado mortal – a participar da Missa aos domingos e festas de guarda.
Esta obrigação começa uma vez cumpridos os sete anos, para aquelas pessoas que gozam habitualmente do uso da razão e não tem um impedimento grave.

A Igreja deseja que participemos da Missa não porque está mandado, mas por iniciativa própria e com generosidade. Inclusive aconselha aqueles que podem, a participar diariamente da Santa Missa. A razão é clara: a Missa é o centro e a raiz da vida da Igreja e de cada um dos cristãos, e é o ato de culto por excelência oferecido a nosso Pai do céu. Se tivermos consciência do que é e do que representa em nossa vida e na vida da Igreja, faríamos todo o possível para assistir a Missa a cada dia.

5. PROPÓSITOS DE VIDA CRISTÃ:
* Viver bem a Santa Missa, participando nos diálogos, cantos e cuidando da postura.
* Fazer o propósito de nunca deixar a Missa Dominical e de Preceito, e dela participar em outros dias, sempre que possível.

Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro “Curso de Catequesis” da Editora Palabra, España
Tradução: Pe. Antonio Carlos Rossi Keller