Livros do Antigo Testamento

* O Antigo Testamento é composto de 46 livros: 39 conhecidos como protocanônicos e 7 conhecidos como deuterocanônicos. Os livros deuterocanônicos fazem parte apenas da Bíblia Católica, não sendo incluídos na Bíblia Protestante ou no Tanakh judaico.

Livros Protocanônicos

Pentateuco:Gênesis - Êxodo - Levítico - Números - Deuteronômio

Históricos:Josué - Juízes - Rute - I Samuel - II Samuel - I Reis - II Reis - I Crônicas - II Crônicas - Esdras - Neemias - Ester

Poéticos e Sapienciais:Jó - Salmos - Provérbios - Eclesiastes (ou Coélet) - Cântico dos Cânticos de Salomão

Proféticos:Profetas Maiores:A designação “Maiores” não se trata porém da relevância histórica destes personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros, maiores se comparados aos livros dos Profetas “Menores”.

Isaías - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel - Daniel


Profetas Menores:Como referido acima, a designação “Menores” não se trata da relevância histórica destes personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros.

Oséias - Joel - Amós - Obadias - Jonas - Miquéias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu - Zacarias - Malaquias


Textos Deuterocanônicos

Históricos:Tobias - Judite - Adições em Ester (Ester 10:4 a 16:24) - I Macabeus - II Macabeus.

Poéticos e Sapienciais:Sabedoria - Eclesiástico (ou Sirácides).

Proféticos:Baruque - Adições em Daniel (Daniel 3:24-90, e Capítulos 13 e 14).

Segundo a visão protestante, os textos deuterocanônicos (chamados "apócrifos" pelos protestantes) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa. O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos e ortodoxos, porque Jesus afirma que durou até João Batista (cf. Lucas 16:16; Mateus 11:13).

No período entre o século III e o século I a.C. ocorre a Diáspora judaica helenística, numa época em que os judeus já estavam, em partes, dispersos pelo mundo. Uma colônia judaica destaca-se esta se localiza em Alexandria no Egito, onde se falava muito a língua grega. A Bíblia foi então traduzida do hebraico para o grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. Somente no final do século I d.C. foi fixado o cânon (=medida) hebraico, portanto numa época em que a diferenciação entre judaísmo e cristianismo já era bem acentuada. E os escritos acrescentados não foram aceitos no cânon hebraico.

Quando Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim (a famosa Vulgata), no início do Século V, incluiu os deuterocanônicos, e a Igreja Católica admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros. No século XVI, com o surgimento da Reforma Protestante, é novamente colocada em dúvida a canonicidade dos deuterocanônicos pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. No Concílio de Trento, em 8 de abril de 1546, no Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis (DH 1501), a Igreja Católica novamente os confirmou como partes integrantes da Bíblia Católica, mas desde então foram considerados apócrifos no Protestantismo e no século XVII deixaram de fazer parte das Bíblias protestantes.